Tornamo-nos peritos em antecipar qualquer situação de perigo, prever os acontecimentos mais improváveis e sabemos como identificar fatores de risco, prevenir doenças. Passamos muito tempo a olhar para o passado para tentar explicar os acontecimentos do presente e predizer os acontecimentos futuros. E toda esta ciência descritiva e experimental é extremamente útil. No entanto, o que estamos a fazer é criar continuamente a realidade presente e futura baseada no passado!
“Tenho muito medo do fracasso e isso impede-me de avançar. Sinto-me paralisada. A possibilidade de fracasso aterroriza-me.”
É-te familiar?
A Física Quântica vem revolucionar toda a nossa vida. Já não somos prisioneiras do passado. Sabemos que somos seres livres, ilimitadas, a nossa alma está em permanente expansão. Sabemos que criamos as nossas próprias vidas. Mas então, porque é que no dia a dia continuamos presas ao passado, tão presas aos bloqueios e limitações de sempre? Porquê?
As razões pelas quais estamos presas ao passado
1ª O nosso espírito ainda está muito “enevoado” pelos nossos sentidos e pela sua interpretação
Ainda nos identificamos demasiado com a mente e com as nossas emoções. Quando sentimos raiva, sentimos que somos a raiva. Quando pensamos que não vamos conseguir, pensamos que os nossos pensamentos são verdade absoluta. Assumimo-los. Fomos educadas na identificação com a dimensão física, emocional e mental. Mas não sabemos ainda como gerir emoções e pensamentos. E precisamos de orientação e educação a nível energético e espiritual.
2ª Adoramos a ideia da mudança e transformação mas, no nosso íntimo, não queremos mudar
Amamos a nossa zona de conforto. Adoramos ler sobre ideias fantásticas mas colocamos muito poucas (ou praticamente nenhuma ideia) em prática. Somos teórico-peritas mas, na prática, os resultados não são tão promissores como gostaríamos. Queremos mas não queremos a sério. Preferimos estudar sobre a água do mar, olhar para ela, analisá-la, mas evitamos tocar-lhe, evitamos mergulhar a fundo na nossa vida e nas causas dos nossos desafios. Às vezes, até fazemos de conta que eles não existem na esperança de que no dia a seguir eles desapareçam.
3ª Não acreditamos que somos capazes de viver os nossos sonhos
Acreditamos que todos podem conseguir, menos nós. Ou acreditamos que, para conseguir realizar os sonhos, vamos ter de perder coisas importantes pelo caminho ou ter de abdicar dos nossos valores. Afinal quem é que nos vendeu essas ideias? E porque decidimos “comprá-las” e vivê-las como se fossem nossas? Estamos formatadas para viver na mediocridade e também “compramos” a ideia de que isso é o normal.
4ª Temos muito medo do desconhecido
Vivemos numa sociedade decadente. Os canais de TV são deprimentes, as notícias são manipuladas ao pormenor, existe hipocrisia política permanente e um instalado ambiente de crise e escassez que manipula as massas. Ter medo do fracasso é consequência natural para quem “compra” as ideias do sistema. E o medo do fracasso torna-se até confortável e “amigo” quando definitivamente não queremos mudar nada nas nossas vidas. Quando não queremos assumir a profunda responsabilidade que temos na construção da nossa própria vida. Quando preferimos encarnar o papel de vítima e não de co-criadoras das nossas vidas.
Somos nós que criamos as nossas próprias limitações
Espero não ferir a tua suscetibilidade com as minhas palavras. Falo em 1ª pessoa do plural porque como qualquer mulher já tive os meus momentos de desespero, de fracasso, de vitimização, de falta de visão, de não encontrar soluções, de me apetecer desistir. É natural, somos humanas. É natural e até divertido. Agora divirto-me com o meu lado de drama e brinco e observo com amor e humor os fenómenos de crescimento que acontecem ao longo dos meus processos. E, ao longo das minhas consultas de acompanhamento, nos meus grupos, em todo o lado, tenho encontrado uma realidade impressionante no que toca às limitações para vivermos o nosso potencial completo. Porque sim, porque é possível e desejável.
Mas lembra-te:
“A vida não tem limitações, excepto aquelas que tu crias.” Les Brown
A grande limitação que encontrei não se refere ao medo do fracasso… Já sabes onde quero chegar? O medo do fracasso é uma desculpa excepcional para nos mantermos sem arriscar, justificando as nossa ações vezes e vezes sem conta. Justificando o abandono que fazemos a nós mesmas. É um tema profundo e é necessário coragem de leoa para nos permitirmos ir às profundezas e encontrar a verdadeira causa das coisas.
Não há felicidade onde há abandono e não há realização onde há medo do sucesso. Paralisamos com o medo do fracasso, mas o que causa realmente pânico visceral é o medo do sucesso e do compromisso. O medo do sucesso… Isso é que te está bloquear de alcançares mais resultados na tua vida. O medo da tua luz. Falamos em abraçar a sombra e esquecemo-nos que é importante dar atenção e abraçarmos a nossa luz.
Mas de onde vêm estes nossos medos?
Porque temos medo da nossa luz? E agora vem um momento triste… Esta tristeza e consciência pode libertar-nos. Não sei quando começou, nem sei porque começou exatamente. Tenho as minhas ideias, opiniões, mas o que é do passado é do passado. O que sei e observo em cada mulher com quem trabalho é uma ferida gigante associada à sua luz. Memórias de abuso, trauma, choque, dor profunda ou desfiguração são a razão pela qual tantas mulheres vivam realidades que estão longe do seu valor autêntico. Memórias que estão no campo energético, memórias que podem vir de outras vidas – para quem acredita – ou do inconsciente coletivo. Memórias de opressão, repressão, memórias por terem estado caladas para não serem torturadas ou queimadas na fogueira mais próxima.
E isso foi o que fizeram à tua luz, à minha luz. Ficou gravada uma memória profunda de que é perigoso expor a nossa luz, expor-nos em total abertura. É perigoso porque em vez de receberes amor por te expores, recebeste crítica, julgamento, violência e opressão. E essa dor está aí. Oculta. E muitas vezes aparece sob a forma de doença, de acidentes, de eventos sucessivos que nos procuram despertar para a verdade dura de que a alma chora. A nossa alma grita atenção.
Não, não nos enganemos. Não é só nos países menos desenvolvidos que há opressão. Não nos mutilam os genitais na Europa, graças a Deus, mas permitimos que, continuamente, nos mutilem os sonhos. Admitimos maus-tratos ao nosso corpo com dietas loucas para caber num ideal de beleza longe da beleza real. E isto vai mais longe: o sistema está tão subtilmente implementado que nos educaram para matar os sonhos uns dos outros.
Quantas vezes já ouviste “Ah, não penses nisso, estás a sonhar demasiado alto!“? Olha, aqui vai uma sugestão: nunca permitas que alguém te diga o que podes ou não sonhar.
Sim, tu vais conseguir ultrapassar esses medos
Podes sonhar tudo o que tu quiseres e chegar onde tu quiseres porque tu consegues! E, se quiseres, se te comprometeres com o teu sucesso, garanto-te, minha querida mulher companheira, que o teu sucesso é garantido! E nunca, mas nunca, digas a ninguém que o seu sonho é demasiado alto. Não critiques. Envolve, antes, o teu coração em amor, ternura, compaixão, perdão e empatia.
E se conheces alguém que sonha, dá-lhe a tua força e o teu entusiasmo. E se conheces alguém que sonha e entra em ação, alguém que se compromete a 100% com os seus sonhos, então guarda essa pessoa para sempre na tua vida! E aprende com ela. Essa é porta da sanidade, da saúde plena, da realização e da satisfação na vida. Desenganemo-nos se pensamos que podemos enganar a vida e escondermo-nos para sempre. Queremos controlar a nossa vida, por insegurança, por medo. Mas lembra-te: existe um plano maior para ti e ele acontece fora da tua zona de conforto.
Não esperes mais e faz diferente
Tu tens uma missão específica nesta vida. Escuta o teu coração. Observa a tua Luz. Observa o teu Sucesso de frente. O que temes? Onde te quer levar a tua alma? Qual o teu desejo mais profundo neste momento? Se não houvessem limitações de tempo, espaço e dinheiro, onde quererias estar agora? E porque não estás já lá? E a questão mais importante: queres mesmo lá chegar? “Eu quero mas…” – é a resposta que me surge. Temos medo, medo do desconhecido, medo do fracasso, medo de perder. O nosso ego domina, quer proteger-se, quer controlar. E só há uma forma de vencer a batalha interior: seguir a Luz. Comprometermo-nos com o nosso plano de alma, comprometermo-nos com o nosso sucesso.
Seja o teu sucesso conseguir a cura de uma doença ou escreveres um livro ou seres capaz de criar um negócio auto-sustentável, com ganhos financeiros significativos, seja ele qual for. Não esperes mais. O desconforto já existe onde estamos. Vamos acreditar que fazer diferente trará os seus frutos. Vamos acreditar que dar o passo a favor da nossa alma nos libertará. E assim será.