Hoje é um dia de desabafo, um dia de Outono chuvoso, em que quero libertar-me de tudo aquilo que me oprime, que me irrita e que me drena energia. Estou tão farta…
Farta de dar tudo e de não me permitir receber nada, e sobretudo farta de falar com pessoas que nunca vão sair do padrão de vítima.
Como dizia Caroline Myss:
As feridas e as limitações começam a ser um posto e uma desculpa para não atuar.
A zona de conforto como obstáculo à evolução
Sabes que te digo Universo, Deus? Estou farta! Farta de me encontrar com pessoas que nunca vão superar as suas limitações simplesmente porque a zona de conforto é muito cómoda:
- “Ah, sim mas eu não posso, sabes que tenho esta ferida e assim é muito difícil“
- “Ah, sim eu gostava muito, mas não tenho tempo.”
- “Ah, sim eu queria mesmo mas não tenho dinheiro.“
- “Ah, isso parece espetacular mas não é para mim, eu nunca vou conseguir.“
Nesta zona inventam-se as desculpas mais hilariantes para garantir a não evolução. E são as pessoas que absorvem, escutam, e às vezes nos fazem perder tempo.
Mas afinal dei tudo, deixei toda a minha energia aqui e nada mudou?
Uma semana depois, um mês depois e o discurso é o mesmo. Para quê gastar o meu tempo se nada muda e se eu quero muito mais a cura do que a própria pessoa?
Para mudar, é preciso ganhar coragem
Pois Deus, peço-te com toda a minha humildade e entrega: aproxima-me das pessoas que podem evoluir com aquilo que eu tenho para oferecer.
Aproxima-me de pessoas motivadas para se transformarem, evoluirem, crescerem e investirem nos seus sonhos a todos os níveis. De pessoas que tenham coragem de mudar, de se rasgar, de se recriar e de começar de novo. De pessoas que conheçam essa força da integridade e o profundo compromisso com elas mesmas, com as suas ideias e valores.
Que se inspirem em pessoas como Nelson Mandela e que tenham vontade de despertar essa coragem dentro delas, que se arriscam a viver e não a sobreviver. Pessoas que estejam dispostas a assumir o compromisso de cuidarem de si a sério.
Fui educada a dar tudo…
Fui educada a pensar que os outros têm sempre razão…
Fui educada a ajudar sempre o próximo…
Fui educada a não virar as costas…
Fui educada a dar a mão sempre…
Adoro ajudar os outros. É a minha missão de vida e o que me dá alegria, motivação e prazer.
Quando dei tudo, não fiquei com nada para mim…
Quando os outros tinham sempre razão, eu não me valorizava nada…
Quando ajudei sempre o próximo, às vezes fiquei doente e sem energia para mim…
Quando não virei as costas, humilhei-me e andei atrás…
Quando dei a mão sempre, às vezes fui usada e abusada…
Salvarmo-nos a nós próprios
Cheguei ao meu limite. Estou farta de ser boazinha para todo o mundo menos para mim.
Como enfermeira, queria salvar todo o mundo. Só há pouco percebi que a única pessoa que posso salvar sou eu mesma e, nessa experiência, ajudar e inspirar outros a salvarem-se a si próprios.
Não virá o príncipe nem a princesa para te salvar daquilo que é tua responsabilidade salvar. Não é culpa de ninguém, nem tua sequer. É responsabilidade. Mas é essa responsabilidade que te dará liberdade.
Agora sei que mereço dar-me tudo aquilo que preciso…
Agora sei que eu também tenho a minha razão e que ela também tem valor…
Agora sei que mereço ajudar-me a mim e só depois, em plenitude, ajudar os outros…
Agora sei que eu também mereço que venham atrás de mim…
Agora sei que mereço dar-me a mão a mim e respeitar-me sempre!
Um desabafo de enfermeira
Enquanto enfermeira, cedo percebi o quão desmotivante era ajudar quem não quer ser ajudado. Cheguei a ter um doente que voltava a abrir a ferida já curada pelos ganhos secundários que tinha com a ferida.
Antes não compreendia, deixava-me tão triste. Mas agora compreendo mais. Ficamos adictos às nossas feridas, às nossas desculpas para não evoluir.
De quem é a culpa? Do outro, do sistema, da família, dos pais… Esqueçamos isso! Está tudo dentro de nós. A força e a garra estão dentro de nós. Somos capazes e ponto final.
Não há ninguém nem nada a quem deitar as culpas, nem a nós mesmos. É perceber, ter consciência e sair de onde não queremos estar. Ponto final.
Querer sempre a nossa evolução faz-nos crescer e aprender o que é a coragem.
Porque é que temos tanto medo do desconhecido se a Vida está sempre do nosso lado?
A lição que aprendi
Como enfermeira, saí do sistema. Custou-me imenso. Que saudades que ainda tenho de ir a casa das pessoas, de amar, brincar e ajudar.
Saí porque sentia que nem toda a gente queria a minha ajuda e eu era obrigada a estar lá. Sabia também que podia dar muito mais do que estava a dar e ali não era possível.
Saí por amor e respeito a mim própria. Disse a mim mesma “Tu és capaz!”. E fui. Mas essa vitória não existiu sem muito esforço e compromisso comigo mesma.
Agora vejo-me numa situação algo semelhante. As pessoas agora já não são obrigadas a receber a visita da enfermeira. Já estão porque querem, porque querem mudar algo, mas ainda não estão profundamente comprometidas.
Isso dói-me, Deus. Dói-me. Será que quer dizer que eu também ainda não estou profundamente comprometida comigo?
Crescer dói. E esta fase, o caos, a descida e a noite escura da alma é profundamente devastadora.
Mas sim, eu quero o processo. Quero crescer e evoluir para poder dar mais. E para dar mais, tenho de dar mais a mim própria ao respeitar-me e parar com abusos da minha energia.
Uma mensagem para os enfermeiros e enfermeiras
Isto é uma constante, é da classe. Somos mal pagos, não somos reconhecidos como licenciados e somos desvalorizados.
Até quando? Vais fazer algo para mudar isto? Como te relacionas contigo mesmo/a? Achas que todos os outros têm razão? E que deves dar tudo e só receber migalhas?
Pára já tudo! Pensa em ti, pensa no que queres para o próximo ano. Queres que a tua vida mude? Então muda algo.
Adorava ter-te comigo no meu programa. Adorava mesmo! Dá-me tanta alegria e satisfação acompanhar, ajudar, ensinar e sanar! Mas só se estiveres 100% comprometida. Prefiro dar muito de qualidade a menos pessoas, do que dar pouco a muitas.
Lamento este desabafo e espero não ter ferido suscetibilidades. Mas se feri, alegra-te! É uma excelente oportunidade de cura quando temos uma ferida aberta, a sangrar.
Para quem é enfermeiro sabe que isso é verdade, preferimos assim uma ferida limpa, a sangrar, ainda que doa, do que uma ferida fechada em falso, com uma crosta de pus.
Se te apetece chorar, chora. Como diria uma das 13 abuelas – das mulheres sábias da América do Sul:
Cuando las águas llegan al corazón, se abren caminos de sanación.
Recebe o meu abraço, porque nada disto é contra ti. É sim contra aquela parte de preguiça e apego ao conforto que todos temos.
Não esperes mais
Está na hora de despertar. O mundo conta connosco. O mundo conta contigo. Sabe já como agendar uma sessão gratuita comigo.
Agora vejo-me numa situação algo semelhante. As pessoas agora já não são obrigadas a receber a visita da enfermeira. Já estão porque querem, porque querem mudar algo, mas ainda não estão profundamente comprometidas.
Isso dói-me, Deus. Dói-me. Será que quer dizer que eu também ainda não estou profundamente comprometida comigo?
Crescer dói. E esta fase, o caos, a descida e a noite escura da alma é profundamente devastadora.
Mas sim, eu quero o processo. Quero crescer e evoluir para poder dar mais. E para dar mais, tenho de dar mais a mim própria ao respeitar-me e parar com abusos da minha energia.
Uma mensagem para os enfermeiros e enfermeiras
Isto é uma constante, é da classe. Somos mal pagos, não somos reconhecidos como licenciados e somos desvalorizados.
Até quando? Vais fazer algo para mudar isto? Como te relacionas contigo mesmo/a? Achas que todos os outros têm razão? E que deves dar tudo e só receber migalhas?
Pára já tudo! Pensa em ti, pensa no que queres para o próximo ano. Queres que a tua vida mude? Então muda algo.
Adorava ter-te comigo no meu programa. Adorava mesmo! Dá-me tanta alegria e satisfação acompanhar, ajudar, ensinar e sanar! Mas só se estiveres 100% comprometida. Prefiro dar muito de qualidade a menos pessoas, do que dar pouco a muitas.
Lamento este desabafo e espero não ter ferido suscetibilidades. Mas se feri, alegra-te! É uma excelente oportunidade de cura quando temos uma ferida aberta, a sangrar.
Para quem é enfermeiro sabe que isso é verdade, preferimos assim uma ferida limpa, a sangrar, ainda que doa, do que uma ferida fechada em falso, com uma crosta de pus.
Se te apetece chorar, chora. Como diria uma das 13 abuelas – das mulheres sábias da América do Sul:
Cuando las águas llegan al corazón, se abren caminos de sanación.
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